Ataques sobre o Roque
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1.e4 e5 2.Cc3 Cf6 3.Bc4 Cxe4 Antiga variante das negras contra a abertura Vienense, que tem o defeito de tirar o cavalo de seu ponto natural f6. Este detalhe, agora sutiel, é a primeira pista de que Meises se posiciona para ganhar a partida 4.Dh5 [4.Cxe4 d5] 4...Cd6 Isto apoia o ponto f7, ataca o bispo e remedeia a situação, mas tem um defeito fundamental: retira o cavalo da casa f6 e o compromete para o caso de um eventual roque. 5.Bb3 Be7 6.d3 0-0 Esta jogada das negras equivale a um desafio. É um roque que viola alguns princípios fundamentais que esboçamos. As negras não possuem o cavalo em f3 e seu roque adquire, por isso, o máximo de vulnerabilidade. Estão pior desenvolvidas e tem dificuldades para levar as peças a defesa por obstrução que o cavalo faz em d6. 7.Cf3 Cc6 8.Cg5 As brancas se ajustam em um todo a procedimento clássico para atacar. Agora, mediante a aplicação do princípio nove (domínio da quinta fila) começa o ataque, que logo derivará sobre outros típicos temas de ofensiva sobre o roque. 8...h6 As negras são obrigadas a acentuar sua debilidade 9.h4! Outro método típico. Agora se apoia o cavalo sacrificando-o, mas para conseguir abrir a coluna h e permitir que, em troca de um cavalo perdido, atue a torre, Como se vê, uma generosidade perigosa. 9...Ce8 As negras tentam reparar a falha estratégica. Procuram situar i cavalo em f6 para rechaçar a ofensiva e facilitar o avanço do PD e permitir que o BD atue. 10.Cd5 planejando a combinação clássica. 10...Cf6 As negras tem procurado levar o cavalo a f6 mas já é tarde. Agora Mieses apela também a um recurso clássico neste tipo de posição, que tem seu êxito no oitavo princípio. Entregará a dama na casa g6 para abrir a diagonal grande ao bispo e preparar um mate magnífico. 11.Dg6!! A superioridade em espaço e a racional disposição das peças no ataque fazem possivel esta jogada aparentemente surpreendente. 11...fxg6 [11...hxg5 12.hxg5] 12.Cxe7+ Rh8 13.Cxg6# 1-0 |