O bispo e Diagonais Abertas
A fim de conseguir seu máximo poder, um bispo necessita de diagonais abertas para seu
uso; então, sua capacidade de ação a longa distância pode surgir. Na abertura , os
lances: 1.P4D e 1.P4R abrem diagonais, porém apenas com o fito de por os bispos em jogo;
a oportunidade de prover um bispo de diagonais, de onde possa exercer uma pressão
duradoura na posição inimiga, é parte de uma fase posterior.
O exemplo seguinte mostra como a desobstrução de uma diagonal de ataque pode conduzir a uma decisão imediata.
|
Alekhine - Johner
|
Podemos então concluir que um bispo
bem colocado é um fator estartégico muito importante; inversamente, um bispo limitado em
seus movimentos por peões, próprios ou inimigos, pode ser também um fator importante,
talvez decisivo - em favor do adversário.
A dificuldade esta em determinar se um bispo é bom ou mau em uma posição em particular,
sem estereotiparmos perigosamente este conceito.
No diagrama abaixo, o bispo em g2 pode morver-se apenas ao escalque h1; no entanto, ele
não é fraco: muito ao contrário. Por uma parte protege o rei branco se as pretas
pretenderem atacar mediante ...C4TR e ...P4BR; por outra, protege o peão em e4, se as
brancas posteriormente decidirem jogar P4BR.
Nas aberturas modernas a posição de um bispo é, comumente, bastante modesta no início, somente mais tarde ele desenvolve sua potencialidade latente. Se compararmos o bispo em g2 no sistema de abertura 1-C4BR, P4D; 2.P3CR, C3BR; 3.B2C, com aquele em c4 no Giuoco Piano (1.P4R,P4R; 2.C3BR,C3BD; 3.B4B), poderemos, a primeira impressão, julga-lo muito mais passivo; no entanto, o Bispo em c4 apenas estabelece escassas ameaças táticas, enquanto, que a peça em g2 frequentemente determina, por inteiro, o caráter da partida.