O bispo e Diagonais Abertas



A fim de conseguir seu máximo poder, um bispo necessita de diagonais abertas para seu uso; então, sua capacidade de ação a longa distância pode surgir. Na abertura , os lances: 1.P4D e 1.P4R abrem diagonais, porém apenas com o fito de por os bispos em jogo; a oportunidade de prover um bispo de diagonais, de onde possa exercer uma pressão duradoura na posição inimiga, é parte de uma fase posterior.

O exemplo seguinte mostra como a desobstrução de uma diagonal de ataque pode conduzir a uma decisão imediata.

 








Position after:

Alekhine - Johner

1.e5!! dxe5 [1...fxe5 2.f6 Dxf6 3.Dxg4+ Rf7 4.Ae4]

2.d6! c5 [2...cxd6 3.c5]

3.Ae4 Dd7 4.Dh6 A posição não oferece esperanças; não há defesa após 47...R2B; 48.B5D+

1-0

 

Podemos então concluir que um bispo bem colocado é um fator estartégico muito importante; inversamente, um bispo limitado em seus movimentos por peões, próprios ou inimigos, pode ser também um fator importante, talvez decisivo - em favor do adversário.
A dificuldade esta em determinar se um bispo é bom ou mau em uma posição em particular, sem estereotiparmos perigosamente este conceito.

No diagrama abaixo, o bispo em g2 pode morver-se apenas ao escalque h1; no entanto, ele não é fraco: muito ao contrário. Por uma parte protege o rei branco se as pretas pretenderem atacar mediante ...C4TR e ...P4BR; por outra, protege o peão em e4, se as brancas posteriormente decidirem jogar P4BR.

pachd1.gif (5626 bytes)

 

Nas aberturas modernas a posição de um bispo é, comumente, bastante modesta no início, somente mais tarde ele desenvolve sua potencialidade latente. Se compararmos o bispo em g2 no sistema de abertura 1-C4BR, P4D; 2.P3CR, C3BR; 3.B2C, com aquele em c4 no Giuoco Piano (1.P4R,P4R; 2.C3BR,C3BD; 3.B4B), poderemos, a primeira impressão, julga-lo muito mais passivo; no entanto, o Bispo em c4 apenas estabelece escassas ameaças táticas, enquanto, que a peça em g2 frequentemente determina, por inteiro, o caráter da partida.